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‘Não tenho atuação nenhuma no Ministério do Trabalho’, diz Nelson Marquezelli

O deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), um dos alvos da 3ª fase da Operação Registro Espúrio, deflagrada na manhã desta quinta-feira, 5, pela Polícia Federal, disse ao Broadcast Político que não tem “atuação nenhuma” no Ministério do Trabalho.

A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão no gabinete do deputado pela manhã. A ação é um desdobramento da Operação Registro Espúrio, que investiga desvios no Ministério do Trabalho relacionados à concessão do registro sindical.

“Não tenho trabalho com o Ministério do Trabalho. Minha atuação é no Ministério da Agricultura, da Saúde, do Esporte e do Turismo. São os que eu trabalho. No (Ministério do) Trabalho não tenho atuação nenhuma. Não indiquei ninguém lá, não ajudei ninguém”, disse o parlamentar.

Para o deputado, a ação realizada pela Polícia Federal é normal. “O PTB tem o Ministério do Trabalho. O ministro é afastado, eu sou o vice-líder do partido. Me informaram que todos os deputados do PTB teriam o gabinete vistoriado. Já fizeram (a vistoria) em vários e não iam pular o meu. Tem que fazer no meu também.”

“Sempre chego aqui às seis horas da manhã. Eu cheguei e eles já estavam com minha chefe de gabinete fazendo a vistoria. Ofereci tudo o que eles precisam e é bom que faça (vistoria). Tem que fazer (no gabinete de) todo mundo”, afirmou.

Nova fase

Além de Marquezelli, o ministro do Trabalho, Helton Yomura, também é um dos alvos da ação da PF desta quinta – e foi afastado do cargo pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, a pedido da PF e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Yomura é apadrinhado político do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e de sua filha, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), ambos alvos das primeiras fases da Registro Espúrio.

A terceira fase da Operação Registro Espúrio, segundo a PF, tem como objetivo “aprofundar as investigações a respeito de organização criminosa que atua na concessão fraudulenta de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho.”

Procurada, a assessoria de comunicação do Ministério do Trabalho não retornou o contato da reportagem. O espaço está aberto para a manifestação da pasta.

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