Alvo de buscas da Polícia Federal em sua residência nesta quinta-feira, 23, na Operação Custo Brasil, o ex-ministro Carlos Gabas afirmou nesta manhã que considera importante que as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público avancem, mas disse que não tem relação nenhuma com as investigações de hoje e que, inclusive, já acionou sua advogada para ir à PF prestar depoimento sobre o caso.

continua após a publicidade

“Não tenho absolutamente nada a ver e quero esclarecer isso”, disse Gabas que foi ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC) do governo Dilma Rousseff, ministro da Previdência Social e já ocupou o cargo de secretário especial da Previdência Social depois que a pasta foi unida ao Ministério do Trabalho.

Segundo o ex-ministro, o Ministério da Previdência durante a sua gestão não teve nenhum relacionamento com a Consist, empresa que teria pago propinas após vencer uma licitação do Ministério do Planejamento para prestar serviços de informática no âmbito do acordo técnico entre o Ministério do Planejamento e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e o Sindicato das Entidades Abertas de Previdência Privada (SINAPP) para gestão de margem consignável em folha de pagamento dos servidores públicos federais.

A citação a Gabas foi feita pelo ex-vereador petista preso na Lava Jato Alexandre Romano, conhecido como Chambinho, um dos responsáveis pelo esquema de propinas no Planejamento. Em delação, Chambinho disse que Gabas teria recebido propina acertada com o PT cobrada da Consist.

continua após a publicidade

O negócio teria como principais beneficiados o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunicação), preso na manhã desta quinta, e sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).