O líder da bancada do PMDB na Assembléia Legislativa, deputado Antônio Anibelli, sinalizou ontem que não haverá acordo entre o governo e a APP-Sindicato sobre o pagamento do reajuste salarial dos professores das escolas estaduais. Anibelli disse que o governo tem número suficiente de deputados para manter o veto ao artigo 47 do plano de cargos, carreira e salários do magistério, que adia para maio o pagamento da reposição salarial da categoria. A APP fará uma assembléia estadual no próximo sábado, dia 27, em Londrina, onde será feito um balanço das negociações com o governo. A assembléia já estava convocada anteriormente e tem na pauta o orçamento da entidade deste ano.
A entidade que representa os professores continua aguardando uma resposta do Palácio Iguaçu à proposta de manter embutidos nos salários o abono salarial concedido no ano passado como forma de compensar os meses de fevereiro, março e abril, sobre os quais não incidirá o reajuste, conforme a decisão do governador Roberto Requião. Em seus pronunciamentos sobre o assunto ontem, o governador não deu uma resposta direta à entidade sobre o abono, mas reafirmou sua posição anterior de que a Lei de Responsabilidade Fiscal impede a aplicação do reajuste médio de 30% antes de maio. Requião não comentou ainda a possibilidade de manutenção do abono.
A proposta foi apresentada há uma semana ao secretário da Educação, Maurício Requião, e reapresentada ao secretário da Casa Civil, Caíto Quintana, anteontem, quando houve suspensão das aulas nas escolas estaduais. Quintana recebeu diretores da APP e deputados da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa.