O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, garante que as manifestações marcadas pela entidade (em parcerias com outras 15 organizações) para o dia 13 de março não terão como mote a defesa da presidente Dilma Rousseff (PT). Na sexta-feira, 13, e no domingo, 15, outros atos marcados pelas redes sociais pedirão seu impeachment. “Estamos preocupados com as medidas econômicas do governo. Somos contra as medidas de ajuste fiscal, mas não engrossamos nenhum tipo de golpismo”, disse o dirigente ao Estado.
Um manifesto divulgado nesta quarta-feira, 4, e assinado por diversas entidades, entre elas a UNE, MST e CUT, defendem a “luta contra medidas de ajuste fiscal que prejudicam a classe trabalhadora”. “Governo nenhum pode mexer nos direitos da classe trabalhadora. Quem ousou duvidar da nossa capacidade de organização e mobilização já viu do que somos capazes”, diz o texto. Em outro trecho, o manifesto afirma que “defender os trabalhadores é lutar contra medidas de ajuste fiscal que prejudicam a classe trabalhadora”.
As manifestações também protestarão contra as MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial e pensão por morte e auxílio-doença. Historicamente ligadas ao PT, as entidades envolvidas nos atos classifica a política de ajuste fiscal de Dilma como um “ataque a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora”. Apesar do tom crítico, os atos sairão em defesa da Petrobrás e da democracia. Apesar de vagas, essas duas bandeiras serão a senha para que se entoe palavras de ordem contra o movimento que defende o impeachment da presidente.
Tensão
O grupo “Revoltados Online”, que defende o impeachment de Dilma, marcou uma manifestação no mesmo dia e no mesmo local, com direito a um show da banda paranaense “Os Reaças”. “Da nossa parte não vai ter violência. Orientamos nossa base a não entrar em provocação”, diz o presidente da CUT.