O novo líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), disse que há outras prioridades no Brasil em vez de se discutir a volta da CPMF. Em entrevista ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, ele avaliou que “essa não é a pauta do momento”.

continua após a publicidade

Escolhido por aclamação para o posto, Rossi defendeu a reforma da Previdência, desde que sejam preservados os “direitos adquiridos”. Sobre a possível votação da cassação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ele disse que o assunto será debatido pela bancada “no momento certo”.

Quais suas prioridades como líder do PMDB?

É uma honra assumir a liderança do PMDB nesse momento de unidade da bancada. O PMDB é a principal bancada, e a unidade da bancada é fundamental para que possamos debater, avaliar e discutir, mas também votar medidas extremamente importantes para solucionar a crise. A responsabilidade da bancada do PMDB é muito grande em termos de participação no plenário da Câmara e por termos o presidente Michel Temer.

continua após a publicidade

Como vê a proposta de recriação da CMPF?

Assumi compromisso com a bancada de defender como líder aquilo que vai ser discutido pelos deputados e decido pela maioria.

continua após a publicidade

Mas e pessoalmente?

Já foi falado de maneira bastante clara que essa não é a pauta do momento. O País tem outras prioridades. O presidente Michel tem dado exemplo de austeridade, de responsabilidade ao diminuir o número de ministérios, de cargos comissionados. Isso é uma sinalização absolutamente positiva de que governo está dando exemplo. O próprio governo já sinalizou que não é o momento.

Concorda com a necessidade de reforma da Previdência?

De maneira geral, o País vai precisar de medidas que sejam saneadoras e que garantam que o País tenha uma futuro promissor. Não posso individualizar esses temas. Em relação à preservação de direitos adquiridos, o presidente Michel já foi muito claro que não pretende mexer nos direitos adquiridos do trabalho, portanto não há o que falar.

Como pretende orientar a bancada em uma possível votação de cassação de Eduardo Cunha?

Como todo os demais temas, temos que debater com a bancada. Não posso como líder fazer posicionamento que não represente a bancada. Esse é um caso que está sendo tratado no Supremo Tribunal Federal e no Conselho de Ética. No momento certo, vai ser discutido. Vai ser uma discussão que vai ser colocada na bancada.