O plenário da Câmara deixou de votar hoje cinco medidas provisórias que estão trancando a pauta, para evitar que elas sigam para o Senado e atrapalhem a votação em segundo turno da emenda que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU). Esta é a terceira semana que a base aliada condiciona as votações às atividades do Senado.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse nesta quinta-feira (13), depois de encerrar a sessão, que a Câmara deverá ficar sem votar até o final do ano, se a base aliada continuar na estratégia de obstruir as votações. "Se a base conseguir manter a obstrução, não resta alternativa. Não é bom para o parlamento não votar. Mas a sociedade acompanha e vê que isso é uma disputa política", afirmou.
Orçamento – Chinaglia prevê que "dificilmente" o Orçamento da União será votado neste ano, depois da derrota da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Ele afirmou ainda que o governo precisará refazer contas e que isso pode levar tempo. Hoje pela manhã, o presidente da Câmara conversou com o relator do Orçamento, deputado José Pimentel (PT-CE), que está reunido com integrantes da comissão para definir o que será feito. "Tudo indica que é difícil, para dizer o mínimo, votar o orçamento este ano", disse Chinaglia. Segundo ele, agora o Congresso deve se concentrar na análise do Orçamento de 2008.