O candidato do PSDB à sucessão presidencial, José Serra, acusou o PT de atacá-lo com “um montão de mentiras” e de inventar informações para confundir o eleitor. No horário eleitoral gratuito da TV na tarde de hoje, o tucano defendeu-se das afirmações veiculadas ontem pelo programa do PT, no qual a candidata Dilma Rousseff disse que o PSDB só pensa em “vender o patrimônio público”, referindo-se à sigla como “turma do contra”.

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“A campanha do PT está me atacando todo o tempo com um montão de mentiras e informações falsas”, disse o tucano. “Isso é típico. Na véspera da eleição o PT sempre inventa coisas para confundir o eleitor”, afirmou Serra, segundo o qual todos os presidentes, nos últimos 25 anos, realizaram privatizações.

O tucano disse que pretende fortalecer as empresas públicas num eventual governo do PSDB, com destaque para a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal (CEF).

Serra reafirmou que irá evitar o loteamento de cargos nas empresas estatais e criticou a prática de nomeações da atual gestão. “Eu vou impedir o loteamento de cargos, que sempre acaba em corrupção”, prometeu. “Com o Brasil, aliás, é o que vem acontecendo nos últimos anos. E agora, com os Correios.”

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A peça do PSDB creditou os ataques do PT ao crescimento do candidato nas últimas pesquisas de intenções de voto. O último levantamento CNT/Sensus mostrou os dois presidenciáveis em situação de empate técnico.

‘Turma do contra’

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A propaganda veiculada pelo PT foi a mesma exibida na noite de ontem. Dilma chamou o PSDB de “turma do contra” e voltou a citar suposta declaração do ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP) David Zylbersztajn, que teria se mostrado favorável à privatização da camada do pré-sal. O ex-diretor foi chamado pela petista de “assessor especial do candidato José Serra para a área de energia”. “Isso seria um crime contra o Brasil”, criticou.

A peça do PT voltou a afirmar que o PSDB pretende privatizar a Petrobras, discurso já adotado na campanha presidencial de 2006. E um ator sugeriu que o PSDB foi “humilhado” diante das potências mundiais no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC).