Com o impedimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareça no horário gratuito de propaganda no rádio e na TV como candidato à Presidência da República, o Partido dos Trabalhadores (PT) priorizou, em sua primeira participação no vídeo, a mensagem de protesto. O narrador enfatiza que a Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu que Lula poderia ser candidato e ser eleito presidente do Brasil. “Mesmo assim a vontade do povo sofreu duro golpe com a cassação da candidatura de Lula pelo TSE. A coligação ‘O povo feliz de novo’ entrará com todos os recursos para garantir o direito de Lula ser candidato”, diz o narrador.

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Na sequência, Fernando Haddad, vice na chapa, faz nova crítica dizendo que não é possível tirar do povo o direito de escolher seu presidente e ainda faz juramento de lealdade ao ex-presidente. O programa traz imagens e entrevista com Lula, que se diz “um inocente julgado para evitar o retorno ao governo”.

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Na madrugada deste sábado, 1, o TSE rejeitou o registro da candidatura de Lula e, por esse motivo, ele não pode aparecer nas inserções do partido como candidato. No entanto, não foi cerceado o direito do uso de imagens, como apoiador, e em até 25% do tempo.

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Neste primeiro dia de propaganda eleitoral dos presidenciáveis no rádio e na televisão, a maior parte dos candidatos deu ênfase aos slogans que os acompanharão pela campanha.

Quase metade do tempo de 5 minutos e 32 segundos da propaganda na televisão da coligação PTB, PP, PR, DEM, SD, PPS, PRB, PSD e PSDB, que tem como presidenciável Geraldo Alckmin, foi um ataque velado ao candidato pelo PSL, Jair Bolsonaro, que defende o armamento dos cidadãos. O vídeo traz a mensagem de que os problemas não se resolvem na bala. “Eu também estou p. da vida (…) Mas, por mais indignada que eu esteja, e eu estou, muito, eu decidi que neste ano eu não vou vota com raiva. Com raiva gente não pensa e, quando a gente não pensa, a chance de fazer besteira aumenta”, diz uma mulher.

A segunda parte apresenta Alckmin como Geraldo, o médico e ex-governador de São Paulo. Na maior inserção entre todos os candidatos, a propaganda mostrava fotos da ex-presidente Dilma Rousseff, do presidente Michel Temer e também de Bolsonaro, com legenda afirmando “não dá para errar de novo”.

Se apresentando como o candidato da mudança, sob o bordão “muda de verdade”, Bolsonaro, em 8 segundos, diz que está em “defesa da família e da nossa pátria”.

Assim como no rádio pela manhã, Ciro Gomes (PDT) focou em sua proposta para o programa “Nome Limpo”, que pretende regularizar a situação financeira de 63 milhões de brasileiros, que estão com nome negativado.

O candidato do Podemos, Álvaro Dias, seguiu no discurso da honestidade e, em alusão à situação de Lula, disse: “tem gente visitando a minha cidade Curitiba, para homenagear o político preso”. E encerra: “Abra o olho”.

O candidato do MDB, Henrique Meirelles, se apresentou dizendo que é a primeira vez que concorre à Presidência da República. Assim como no rádio, citou Lula, mas, na TV, não se esquivou de citar o presidente Michel Temer. Deixou seu bordão “Chama o Meirelles” e encerrou: “Não vou fazer promessas. Posso perder seu voto por isso. Mas prefiro perder seu voto e ganhar seu respeito.”

Com tempo diminuto, Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, optou por falar para o público feminino com o slogan: “juntas somos mais fortes. Essa luta é nossa”. Em seus segundos disponíveis na TV, o candidato Cabo Daciolo (Patriota) saudou Deus e enfatizou o basta à corrupção.

João Amoêdo (Novo) protestou contra a propaganda eleitoral obrigatória, dizendo que, a depender dele, essa seria a última. João Goulart Filho (PPL) prometeu “recuperar o desenvolvimento e o orgulho de ser brasileiro”.

No espaço reservado para a Democracia Cristã, a imagem do candidato José Maria Eymael aparece com o bordão musical que o acompanha há várias campanhas presidenciais.

O programa do PSOL apresentou Guilherme Boulos como o “candidato que tem coragem de enfrentar privilégios”. Já a candidata Vera Lúcia (PSTU) diz que o Brasil precisa é mesmo de uma rebelião.