No horário eleitoral gratuito da campanha presidencial exibido hoje (13) à noite, o tucano José Serra pregou ser “fundamental” que o Brasil tenha um presidente de “uma cara só” e defendeu que a ética seja um valor do dia-a-dia. A petista Dilma Rousseff, por sua vez, chamou os adversários de “turma do contra” que tem “uma dificuldade enorme” de reconhecer os méritos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Uma turma contra o Bolsa Família e contra o Luz Para Todos”, criticou.

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A peça do PSDB listou iniciativas do tucano como governador de São Paulo e voltou a mostrar Serra como um homem que defende os valores ligados à fé. O candidato foi mostrado em visita a Aparecida (SP), em discurso no qual destacou a fé popular. “É um povo de fé, não só de fé religiosa, mas de fé na mudança.” O tucano apresentou iniciativas para as mulheres, como o programa Mãe Brasileira, uma reedição nacional do Mãe Paulista. “Serra é o presidente que a família brasileira precisa”, destacou o locutor.

Um jingle de campanha, em ritmo de samba, ressaltou a insinuação do candidato de que a adversária teria duas caras. “A Dona Dilma, o que ela quer? Como é que dá para confiar, eu não sei quem é?”, começou a música, que acusou a petista de ter entrado em contradição em questões como o apoio ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), descriminalização do aborto e apoio à ex-ministra Erenice Guerra, que pediu demissão da Casa Civil após denúncias apontarem seu envolvimento em denúncias de tráfico de influência. “Já quis mexer na lei contra o aborto, mas a propaganda já mudou, diz que não quer”, entoou o jingle. “O que ela diz muda o tempo todo, até parece que nem ela bota fé.”

Na inserção do PT, a candidata Dilma Rousseff amparou-se mais uma vez nas conquistas do governo Lula, enumerando diferenças entre os governos do PSDB e do PT à frente do Palácio do Planalto. “Sou a favor da comparação, número por número”, afirmou a petista, ressaltando sua experiência no comando de realizações do governo do PT. “Eu assumo compromissos em educação e segurança com a experiência de ter coordenado programas do governo federal”, disse.

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Além das queixas da candidata contra a “turma do contra”, o locutor também fez críticas à gestão do adversário no comando do Palácio dos Bandeirantes. “Como governador de São Paulo, Serra cortou verbas de programas sociais, colocou a educação paulista em uma situação difícil, não diminuiu as filas da saúde e seguiu criando pedágios nas estradas”, enumerou. “Agora, Serra quer voltar, mas é o Brasil que não quer voltar ao passado.”

A peça também criticou o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC). “Naquela época, era bem difícil subir na vida. A desigualdade social crescia ao invés de diminuir. O desemprego batia recordes e a única saída era aumentar impostos e pedir socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI).” Na propaganda, o presidente Lula voltou a pedir votos para Dilma.

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