Na TV, candidatos se despedem em clima familiar

Os candidatos a governador de São Paulo reapresentaram suas biografias e investiram numa faceta mais familiar no último programa do horário eleitoral gratuito, exibido na TV na noite de hoje (29). O tucano Geraldo Alckmin foi apresentado como “um dos melhores administradores do Brasil” e teve veiculadas imagens ao lado da neta. “Geraldo, o avô coruja”, ressaltou o locutor. Ao lado da família, Paulo Skaf (PSB) pediu ao eleitor que dê uma chance à mudança e Celso Russomanno (PP) voltou a mostrar um clipe da música “Chega”, de Silvio Brito, no qual fotos do candidato contaram sua trajetória. O petista Aloizio Mercadante deu continuidade às críticas ao PSDB, mas não destoou tanto dos rivais, adotando também tom familiar. “O mais importante na sua vida são seus filhos”, afirmou. “E, quando estiver em frente a uma urna eletrônica, vote no futuro do seu filho.”

Alckmin agradeceu o apoio dos eleitores e pediu que a mesma oportunidade dada em 2002, quando foi reeleito governador. “Chegamos ao final desta campanha com sensação de dever cumprido”, afirmou. “Domingo agora é você quem vai decidir, é para você que ofereço a minha história de trabalho.”

Na sequência, foi exibida uma longa biografia do tucano, destacando seu papel como “administrador competente”, “marido carinhoso”, “avô coruja” e “pai conselheiro”. A peça ressaltou ainda iniciativas do PSDB à frente do Palácio dos Bandeirantes, como o Rodoanel, Renda Cidadã e Bom Prato. Os tucanos enumeraram promessas para um eventual governo, como investimentos nas ampliações do metrô e da rede de saúde. A propaganda ainda ressaltou a dianteira de Alckmin nas pesquisas de intenções de voto. “Geraldo é o primeirão”, destacou a peça.

O PT mostrou imagens do debate de ontem (28) na Rede Globo e voltou a atacar o candidato do PSDB por não ter debatido com Mercadante. “Alckmin teve quatro oportunidades de perguntar para Mercadante, mas fugiu”, acusou o locutor. “Não dá para confiar em quem foge de suas responsabilidades.”

O petista acusou o adversário de não ter feito muita coisa nos quatro anos em que esteve no comando do governo paulista e sugeriu que o PSDB explorou o bom momento da economia nacional, que teria sido viabilizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O PT apresentou, assim como os outros, a biografia de seu candidato e no final da peça o locutor convocou os eleitores a participar de comício do PT amanhã (30) em São Bernardo do Campo (SP).

Na sala de sua casa, acompanhado da mulher e dos filhos, Skaf reconheceu que trouxe a família para TV com o intuito de conquistar os eleitores e relembrou sua trajetória como presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). “Se você quiser atrair para política pessoas novas e sérias, vote em mim”, pediu. “Vamos conseguir renovar a política em São Paulo.”

O candidato do PV, Fabio Feldmann, usou o último programa para defender a realização de um plebiscito que aprove ou não a exploração de petróleo na camada de pré-sal.

Na inserção do PSOL, o candidato da legenda à sucessão presidencial, Plínio de Arruda Sampaio, pediu votos para os candidatos do partido. “Sem esse partido, a democracia perde um lado”, afirmou.

Nos programas do PCO, PSTU e PCB, a tônica foi a mesma, com pedidos para que o eleitor vote na legenda. No do PCO, um locutor defendeu que a sigla luta pela “revolução” e pregou a luta contra as “legendas dos banqueiros”. O candidato Igor Grabois, do PCB, contou a história da sigla e, acompanhado por um coro, puxou um grito de guerra. “Força, ação, aqui é o partidão.” Na peça do PSTU, o candidato Mancha garantiu que votar na sigla é votar por educação e saúde de qualidades.

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