Sob fogo cerrado desde o debate de anteontem à noite na TV Globo, o PSDB paulista e o candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, trabalham em “regime preventivo” para manter as chances de vitória no primeiro turno até o dia das eleições. Enquanto Alckmin foi a São José do Rio Preto, interior paulista, cumprir agenda de campanha ao lado do candidato tucano ao Senado, Aloysio Nunes Ferreira, o diretório estadual do partido convocou 60 mil filiados para coibir boca de urna e evitar um possível contratempo de última hora no pleito. Além disso, a campanha tucana na internet realizou um “twitaço” para fixar o voto no número 45, a exemplo do que foi veiculado nas últimas propagandas no rádio e na TV.
Alckmin tem hoje 55% dos votos válidos, segundo a última pesquisa Ibope, divulgada dia 24. Precisa de 50% mais um para limar um possível segundo turno e a campanha se previne contra qualquer possível escorregão. Foi assim no debate de anteontem – o último antes das eleições. O tucano seguiu à risca a estratégia da campanha e contou com a sorte para evitar confronto com o adversário petista, Aloizio Mercadante, que o provocou até o final, acusando-o de atacar pelas costas e evitá-lo em frente às câmeras.
Na avaliação de tucanos, Alckmin respondeu com firmeza aos ataques de Celso Russomanno (PP), que o acusou de viver no mundo de “Alice no país das maravilhas” e de provocá-lo ao dizer que os números apresentados eram “fantasiosos”. Os correligionários afirmam que o fato de Alckmin ter participado de todos os debates acabou exaurindo a necessidade de entrar em embate frontal com Mercadante para marcar posição. Eles sustentam, ainda, que a dobradinha de Mercadante e Russomanno, este com apoio declarado à presidenciável petista Dilma Rousseff, não tira votos do eleitorado de Alckmin, notadamente conservador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.