Pedidos de uma Constituinte Exclusiva e críticas à manifestação que pediu o impeachment da presidente reeleita Dilma Rousseff, no último sábado, marcaram o início de um encontro de movimentos sociais que acontece no início da noite desta terça-feira no vão livre do Masp. “Ao contrário dos que vieram aqui pedir intervenção militar no último sábado, nós viemos pedir democracia”, discursou o coordenador estadual da Central dos Movimentos Populares, Raimundo Bonfim, que também pediu vaias à ditadura militar.

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Ao microfone, a representante da Marcha Mundial das Mulheres, Maria Júlia Montero, pediu o fim do financiamento privado de campanha. “Quem paga a banda escolhe a música”, alertava. Houve ainda críticas à imprensa. Em meio às pessoas, bandeiras do PT e cartazes com o rosto da presidente Dilma Rousseff. Luciana Genro, candidata derrotada do PSOL à Presidência da República, também participa da manifestação.

A manifestação pede a convocação de um plebiscito em favor de uma Constituinte Exclusiva para fazer uma reforma política. Os movimentos afirmam que já coletaram, no mês de setembro, mais de 7,5 milhões de assinaturas pela causa. Caso o Congresso Nacional aceite convocar o plebiscito, os eleitores irão às urnas para responder ‘sim’ ou ‘não’ à pergunta: “Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político?”

O encontro no vão livre do Masp foi convocado por entidades como a Central Única dos Trabalhadores, o MST, o Levante Popular da Juventude e o Fora do Eixo, entre outras. A polícia militar não soube informar quantas pessoas estão no local, organizadores do evento falam em cerca de mil pessoas. Além do encontro em São Paulo, estão previstas manifestações em Pernambuco, Distrito Federal, Ceará, Minas Gerais e Paraíba.

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