A primeira parte da sessão da manhã desta terça-feira, 16, da CPI da Petrobras foi marcada por protestos dos petistas por causa da convocação do diretor-presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e da aprovação de quebra de sigilos na reunião passada.

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A bancada anunciou que pedirá os horários da votação da última sessão da comissão para confrontar com o início de suspensão da ordem do dia na última quinta-feira. Foi nessa brecha de 13 minutos que 140 requerimentos foram aprovados.

Os petistas questionaram a manobra e classificaram de “gambiarra” a ação orquestrada entre PMDB e oposição. “Minha observação política é que foi feita uma manobra da pior espécie para envolver o senhor Paulo Okamotto”, afirmou a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

A bancada do PT anunciou que poderá recorrer da votação da última semana. “O Instituto Lula nunca foi denunciado em nada na Lava Jato. Essa CPI está dando tratamento desigual para situações iguais”, atacou o deputado Jorge Sola (PT-BA), que chamou a manobra de “golpe”.

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A reação dos deputados do PT acontece após a bronca do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula reclamou da convocação de Okamotto.

O presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), disse que Okamotto foi convocado porque o Instituto recebeu recursos de empresas envolvidas na Operação Lava Jato. “Tenho certeza que fomos justos na última quinta-feira”, declarou. Ele lembrou que o pedido de suspensão da ordem do dia foi da deputada Moema Gramacho (PT-BA).

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A obstrução dos petistas, iniciada por volta das 10h, acabou atrasando os depoimentos dos ex-executivos da Sete Brasil João Carlos de Medeiros Ferraz (ex-presidente) e de Newton Carneiro da Cunha (ex-presidente do Conselho Administrativo) previstos para hoje.