O governador da Bahia, Rui Costa (PT), garantiu matematicamente a reeleição. Com 70,82% das urnas apuradas, ele contabilizava 75,78% dos votos e governará o Estado por mais quatro anos. Seu principal adversário, o ex-prefeito de Feira de Santana José Ronaldo (DEM), tem até então 21,88% dos votos válidos e já não pode, matematicamente, virar a eleição. A vitória é a quarta seguida do PT na Bahia e consolida o espólio do partido no Estado, que governa há 11 anos.
Em terceiro lugar, com 0,72%, ficou o candidato do PSOL Marcos Mendes, seguido de João Henrique Carneiro (PRTB), com 0,58%, João Santana (MDB), com 0,51%, Célia Sacramento (Rede), 0,49%, e Orlando Andrade, 0,04%.
Brancos somam 3,91% dos votos e nulos 14,36%
Rui Costa é economista e ex-sindicalista. Foi secretário de governo do ex-governador Jaques Wagner, quando cuidava da articulação política e se cacifou para disputar a sucessão do padrinho político. Petista de origem, mas de perfil mais conservador, o governador tem posições divergentes do partido em áreas como a segurança pública, na qual ele defende, por exemplo, endurecimento de penas para criminosos.
Ainda assim, seu governo ostenta altos índices de violência, com taxa de homicídios recorde. No episódio mais polêmico de sua gestão, defendeu policiais militares após uma chacina que matou 12 jovens em um bairro periférico de Salvador. Virou alvo da militância do PT e de movimentos de defesa dos direitos humanos, mas ganhou a confiança da classe média, onde avançou nas pesquisas de intenção de voto, segundo o Ibope.
Com cerca de 10 milhões de eleitores, a Bahia é o quarto maior colégio eleitoral do País. Com economia estruturada principalmente pela agricultura, no interior, e pelos serviços, na capital, o Estado tem como principais desafios para o próximo governante os índices de segurança e da educação, área onde ostenta o pior Ideb do País.