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Mundo passa por redução de imposto sobre lucro, diz assessor da campanha do MDB

O assessor econômico da campanha do MDB à Presidência da República, José Márcio Camargo, defendeu a realização de uma reforma tributária que reduza a cobrança de imposto sobre lucro das empresas. Na avaliação dele, o mundo passa por um momento de redução de impostos sobre lucro em razão da diminuição da alíquota pelo governo Donald Trump nos Estados Unidos.

“O Brasil já tinha uma carga maior que a dos Estados Unidos e agora ainda mais”, disse ressaltando a redução aprovada pelo governo Trump. “Vamos ter cuidado na taxação de lucro porque, caso contrário, não vamos atrair capital”, afirmou, em debate promovido pela Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FVG).

Para Camargo, é importante reduzir a carga tributária sobre lucro das empresas e aumentar a cobrança sobre dividendos distribuídos aos acionistas. Ele avaliou que essa mudança é necessária para evitar que investidores deixem de colocar recursos no País, uma vez que a carga sobre lucro das empresas é superior à de outros países.

Camargo destacou a importância de investimentos privados em infraestrutura. Para atrair recursos, ele afirmou que é preciso garantir a independência de agências reguladoras e definir melhor a matriz de risco para cada projeto. Também deverá ter papel importante na atração de investimentos a “simplificação do processo de concessões”, afirmou o economista.

Em relação à situação fiscal do País, Camargo explicou que, diferente de outras campanhas que prometem solucionar a questão em determinado período de tempo, o MDB não trabalha com prazo pois reconhece que “as coisas podem mudar no meio do caminho”. “Pelas nossas, contas, entretanto, acreditamos ser possível zerar o déficit até o fim do próximo mandato presidencial, em 2022”, declarou.

Na área de educação, o economista detalhou como será implementado o plano para matricular crianças de famílias de baixa renda em creches particulares. “Propomos isenção fiscal a creches privadas que aceitarem crianças pobres”, comentou. “O acréscimo de custo de uma criança é pequeno e vai aumentando conforme mais crianças são matriculadas, então as escolas vão definir quantos alunos elas podem absorver”, disse Camargo.

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