A expressão “privataria” foi cunhada pelo jornalista Elio Gaspari para definir irregularidades durante as privatizações no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
As privatizações foram coordenadas pelo então ministro do Planejamento, José Serra (PSDB) – que veio a ser ministro da Saúde, candidato a presidente da República e governador de São Paulo.
Segundo o autor do livro, grandes empresários foram beneficiados com a transferência de fortunas dos cofres públicos para os cofres privados. A transferência se deu por meio de offshores (empresas de fachada) da região do Caribe, que “lavavam” o dinheiro. A região do Caribe, nos séculos 17 e 18, foi dominada por piratas ingleses que saqueavam galeões espanhóis carregados de ouro. Ricardo Sérgio de Oliveira, acusado de articular o esquema de lavagem de dinheiro do caso Banestado, também atuou nas privatizações.
Oliveira foi tesoureiro das campanhas de Serra e FHC. Serra e três parentes são acusados no caso: a filha Verônica, o genro Alexandre e o primo Gregório Marin Preciado.
