Depois de conseguir a vaga no segundo turno de Curitiba por apenas 4 mil, Gustavo Fruet (PDT) diz que a campanha adotou “outro ritmo e outro rumo” nas últimas duas semanas e que isso motivou a virada sobre o atual prefeito Luciano Ducci (PSB). Fruet ficou em segundo lugar com 27% dos votos, contra 26% de Ducci. Ratinho Junior (PSC) foi o primeiro colocado, com 34%.
“É claro que, num determinado momento, eu também mudei de postura. A gente vai ganhando embocadura no processo. Então, estou mais crítico, deixando mais claras as posições, quem é quem na eleição”, disse Fruet à RPC TV, em entrevista nesta segunda-feira (8).
O candidato do PDT diz que agora deverá “intensificar o comparativo de trajetórias” e defender a “mudança segura”, numa prévia do que deverá ser o discurso contra Ratinho Junior, que é deputado federal (assim como Fruet foi até 2010).
Ainda nos debates do primeiro turno, Fruet já havia instado Ratinho Junior a se posicionar sobre algumas votações polêmicas nos anos em que estiveram juntos no Congresso, como o projeto pela prorrogação da CPMF e pelo aumento do número de vereadores. O candidato do PSC votou a favor de ambos; Fruet, contra.
“Agora é analisar história, trajetória, que atitude tomou na vida pública”, disse Fruet, que também criticou o fato de o pai de Ratinho, o apresentador homônimo do SBT, ter concessões de rádio e TV no Paraná. “Que tipo de independência é essa?”, questionou.
Mudança
Ratinho Junior afirma que representa a “mudança de verdade”, uma vez que até 2010 Fruet era do PSDB, grupo que apoia a atual gestão. Fruet saiu do partido por divergências com o presidente estadual do PSDB, o governador Beto Richa.
“Eu acho que nós, de fato, somos mudança. Se ele [Fruet] não tivesse saído do PSDB, ele não seria o candidato da mudança”, disse Ratinho, em entrevista coletiva à imprensa ontem.
O candidato afirmou também que se considera “mais da base” do governo de Dilma Rousseff, apesar de Fruet ter se coligado ao PT e ser apoiado pelo partido. “Eu coordenei a campanha da presidente Dilma no Paraná, fiz parte do conselho político dela, meu partido é da base”, disse Ratinho. O candidato do PSC defende que nem Dilma nem Lula deveriam fazer campanha a favor de Fruet, “por respeito” e “pela lógica””.
O ex-deputado federal ainda afirmou que não usa a candidatura como “alavanca política para 2014” em referência ao apoio que Fruet tem da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), principal postulante do PT ao governo do Paraná em 2014.
