Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) irão realizar hoje em Iaras, no interior de São Paulo, um ato em defesa da Reforma Agrária e contra a grilagem de terras públicas e a criminalização dos movimentos sociais. Segundo o MST, o ato tem o objetivo de denunciar a utilização de terras públicas por diversas empresas privadas.
O ato ocorrerá nas proximidades da fazenda da Cutrale que, após ter sido ocupada, em setembro, teve parte de sua plantação de laranjas destruída. As imagens da destruição por um trator, captadas pela Polícia Militar (PM) e reproduzidas pelas emissoras de TV, provocaram uma onda de indignação e favoreceram a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada para investigar eventuais ações irregulares do MST.
Na região desde de 1995, 350 famílias estão atualmente assentadas. No entanto, outras 450 permanecem acampadas exigindo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do governo federal a retomada das terras públicas ocupadas pelas empresas.