MST entrega reivindicações a Gilberto Carvalho

Com faixas e gritos de guerra “Dilma cadê a reforma agrária?” ou “Dilma ruralista”, representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) entregaram um documento ao secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho nesta quarta-feira, 12. A entrega seria feita em uma audiência no gabinete do ministro, mas após um início de tumulto em que foram derrubadas algumas grades na Praça dos Três Poderes, o encontro ocorreu em uma das vias de acesso ao Palácio do Planalto.

Dezenas de integrantes do movimento ocupam parte da Praça dos Três Poderes. Integrantes do Exército montam guarda em frente ao Palácio do Planalto.

“Nós tínhamos uma sala reservada para recebê-los, mas eles preferiram que nós descêssemos aqui. Tínhamos combinado ontem (terça-feira) que tudo seria tranquilo, eles viriam, se posicionariam na Praça. Mas o que é muito comum, vem uma molecada e empurra a grade. Você tem o risco de invasão do Planalto e aqui tem uma lei clara: ninguém pode nem obstruir a via muito menos adentrar o Palácio, que é um símbolo do País”, disse Carvalho após encontro com representantes do movimento.

“Recebi. Agora vamos dar ciência à presidenta. Segundo eles, são reivindicações que o governo já teria assumido e não teria cumprido, mas eu ainda não li o texto”, afirmou o ministro. Segundo Carvalho, está previsto um encontro entre líderes do movimento com a presidente Dilma amanhã. A presidente não está no Palácio do Planalto, segundo o ministro ela se encontra no Palácio do Alvorada.

Presente nas manifestações, Kelly Mafort, membro da direção nacional do MST, explicou os motivos dos protestos. “Nós viemos para cá para poder entregar um manifesto para a presidente Dilma porque a reforma agrária está paralisada. No ano passado apenas sete mil famílias foram assentadas pelo processo de desapropriação. Do MST são 90 mil famílias acampadas. Estamos aqui numa luta. Nossa luta é pacífica. Quem mostra despreparo é a PM que nos recebeu com gás lacrimogêneo, e de pimenta e bombas”, afirmou.

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