O Ministério Público (MP) de Formosa do Oeste (Oeste do Paraná) protocolou 42 ações civis públicas por atos de improbidade administrativa envolvendo dois ex-prefeitos da região Oeste.

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Trinta e duas envolvem Shiguemi Kiara, que esteve à frente da gestão municipal de Formosa do Oeste entre 1997 e 2004. Outras dez envolvem o ex-prefeito de Nova Aurora, Delmo Raul Passoni, gestor do município também entre 1997 e 2004.

Segundo o MP, os prejuízos aproximados aos cofres públicos seriam de pelo menos R$ 4,5 milhões em Formosa do Oeste e de R$ 21 milhões em Nova Aurora.

Os dois ex-prefeitos deverão responder por irregularidades semelhantes como corrupção, desvio de dinheiro público para particulares, fraude e vícios em licitações, simulação de compra de bens e de serviços, superfaturamento e realização de despesas em desconformidade com a legislação e sem comprovado interesse público.

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Além dos ex-prefeitos, alguns servidores públicos do período e outras pessoas físicas e jurídicas também figuram como requeridos nas ações. Dentre as 30 ações contra o ex-prefeito de Formosa, a promotoria também constatou fraudes em processos licitatórios envolvendo o transporte, compra de pneus, contratação irregular de empresas para realização de pesquisas e de contratação de advogado para defender interesses particulares de Kiara.

Em 2008, a promotoria propôs ação civil pública contra Kiara e os respectivos responsáveis pelas contas municipais por desvio de R$ 1 milhão que teria ocorrido no último trimestre de seu mandato, em 2004.

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Já em Nova Aurora, as ações também apontam irregularidades na administração dos recursos do município. De acordo com o MP, Passoni teria realizado empréstimos bancários em nome de funcionários municipais para pagar os salários dos próprios servidores, nos meses de março e abril de 2001.

Passoni chegou a ser afastado do cargo em 2002, a pedido do MP, por irregularidades praticadas em seu mandato, mas retornou à prefeitura em razão de recurso. A investigação contou com a colaboração da Receita Estadual, da Receita Federal, do Ministério Público Federal e do Tribunal de Contas do Estado do Paraná.