Assembleia Legislativa

MP-PR denuncia nove por contratação de “fantasmas”

O Ministério Público do Paraná denunciou nesta segunda-feira (3) nove pessoas envolvidas no esquema de contratação de funcionários fantasmas e desvios de dinheiro da Assembleia Legislativa do Paraná.

Todos os fatos referem-se à contratação de parentes do funcionário João Leal de Matos, lotado na Diretoria Geral, que teria gerado prejuízo, em valores não atualizados, de mais de R$ 13 milhões. Matos e os ex-diretores Abib Miguel (Diretoria Geral), José Ary Nassiff (Diretoria Administrativa) e Cláudio Marques da Silva (Diretoria de Pessoal) foram denunciados por formação de quadrilha, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Abib e Leal de Matos foram acusados por 1182 crimes de peculato, referentes ao número de vezes que houve desvio dos cofres públicos a pretexto de pagamento a cada um dos familiares do núcleo Leal. Iara Rosane da Silva Matos, Priscila da Silva Matos Peixoto, Maria José da Silva, Nair Teresinha da Silva Schibicheski e José Ricardo da Silva, todos parentes de Matos, foram denunciados por peculato.

Na denúncia, assinada pelos promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), são relatadas contratações feitas a partir de 1994, como o caso de Priscila da Silva Matos Peixoto, filha de João Leal de Matos. Embora, em depoimento ao Gaeco, tendo afirmado que trabalhou na Assembleia de 2007 a 2009, seu nome consta na lista de pagamentos desde 1994, quando ela tinha apenas 7 anos de idade.

Iara Rosane da Silva Matos era contratada da Assembleia, mas, por vários anos, teria trabalhado na casa de Abib Miguel, cuidando de familiares doentes e idosos. Ela afirmou aos promotores de Justiça que recebia de “Bibinho” cerca de R$ 4 mil por mês, em espécie. Na folha de pagamento da Assembleia, no entanto, consta que em sua conta foram feitos depósitos de até 24,6 mil.

Maria José da Silva, Nair Teresinha da Silva Schibicheski e José Ricardo da Silva, sogra e cunhados de Matos, teriam recebido cerca R$ 150,00 mensais como pagamento por terem, conscientemente, cedido seus documentos para que constassem na lista de servidores da Assembleia. Esse fato foi confirmado pelas duas mulheres. José Ricardo da Silva, que participaria do mesmo esquema, segundo Maria José e Nair, não foi localizado para prestar esclarecimentos ao Ministério Público.

Mais informações na edição desta terça-feira dos jornais O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná.

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