O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu ontem mandados de busca e apreensão na Câmara Municipal de São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos, Rio de Janeiro. A medida foi determinada pela Justiça após o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) receber denúncia contra cinco servidores supostamente envolvidos em fraude na execução de obras de construção, reforma e modificação dos dez gabinetes de vereadores, conhecida como “Banheiroduto”.
Jeronimo Farias de Melo, Rafael Carvalho da Silva, Daniel Augusto Monteiro de Almeida, Maurício José Alves e Maurício José Alves Júnior vão responder pela ação penal pelo crime de fraude em licitação por supostamente terem criado empresas fantasmas para burlar a concorrência da obra, orçada em R$ 331.120,42. Eles foram afastados de suas funções. Nos gabinetes onde os denunciados trabalhavam foram apreendidos três computadores e um notebook. Além disso, um computador e um netbook foram achados na casa de Jeronimo.
Segundo o MP, o contrato, firmado pela Câmara com uma empresa, incluía a construção de banheiros privativos, quatro novos gabinetes, sala de recepção e de estar, dois banheiros coletivos, ampliação do gabinete da presidência, duas salas administrativas, garagem e um pequeno prédio denominado “anexo administrativo”. Para desviar recursos, a comissão de licitação – presidida por Farias e integrada por Carvalho e Almeida – teria montado um processo administrativo com empresas de fachada.
