MP aguarda material para decidir inquérito no caso Varig

O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, aguarda a remessa do material da Justiça Federal de São Paulo para decidir se pede abertura de inquérito ou se manda arquivar a denúncia de que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, exerceu pressões indevidas na venda da companhia aérea Varig. Em tese, a ministra pode ser processada por prevaricação, tráfico de influência e improbidade administrativa.

O procurador disse, por meio da assessoria, que só fará qualquer manifestação após analisar detidamente os dados e indícios. O Ministério Público Federal em Brasília, ao qual compete investigar as ações de primeira instância a respeito da venda da companhia, informou em nota que os indícios de irregularidades na composição acionária da VarigLog, levantados a partir das recentes declarações da ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu, "serão reavaliados à luz dos novos elementos de prova".

Na hipótese de mandar investigar Dilma, o processo correrá no Supremo Tribunal Federal (STF), onde a ministra tem foro especial. Antes da acusação a Dilma, feita há uma semana por Denise Abreu, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, outros três processos já tramitavam no Ministério Público Federal, envolvendo irregularidades na compra da Varig e também da VarigLog.

Esses três processos, dois deles abertos em São Paulo e outro em Brasília, continuarão na primeira instância. Eles serão unificados em um só e correrão na Procuradoria da República em Brasília, onde foi aberta a primeira investigação. Para tanto, os autos dos processos abertos em São Paulo devem ser enviados à capital do País nos próximos dias.

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