As quatorze praças de pedágio do Estado invadidas pelos militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Paraná (MST/PR) desde quarta-feira (dia 4) foram desocupadas na manhã de ontem. Os manifestante protestaram contra o aumento no valor das tarifas de dezessete praças pertencentes às quatro concessionárias (Ecovia, Econorte, Rodonorte e Viapar). Os estudantes secundaristas, que haviam decidido fazer um protesto, reúnem-se com a direção do MST amanhã para definir se mantêm a mobilização.
A decisão do MST foi definida no final da tarde de anteontem, logo após a confirmação da redução dos valores dos pedágios com a suspensão da liminar que autorizava o aumento das tarifas. De todas as praças desocupadas, duas só iniciaram os trabalhos na parte da tarde: Tibagi (Rodonorte) e Jataizinho (Econorte).
Estragos
Em Tibagi, os militantes abandonaram o local, mas causaram estragos, quebrando parte dos vidros das cabines e danificando o sistema elétrico. A assessoria afirmou que tudo seria ajustado até o final da tarde. Em Jataizinho, os trabalhos foram atrasados por causa da realização de uma vistoria.
As demais praças retomaram as cobranças com os valores reajustados, assim que os militantes entraram nos ônibus.
A saída dos integrantes do MST começou por volta das 7h, nas praças de pedágio da Viapar (Corbélia, Mandaguari, Presidente Castelo Branco, Campo Mourão e Floresta). Apenas a praça de Arapongas permaneceu ocupada até às 11h pelos manifestantes, mas sem maiores problemas para os empregados da concessionária.
As cobranças no pedágio voltaram ao normal também nas outras três praças da Rodonorte (São Luiz do Purunã, Imbaú, Mauá da Serra, Witmarsun e Carambeí), que já estavam desocupadas às 10h30.
Na praça de São José dos Pinhais (Ecovia), os militantes se retiraram às 9h. Um início de tumulto, causado por motoristas que não queriam pagar o pedágio após a saída do MST, atrasou as operações normais. Mas tudo foi controlado pelos fiscais da empresa, quinze minutos depois.
