A articulação de partidos da base governista com PSDB de Aécio Neves (MG) é vista como perigosa por setores do PT. A possibilidade de o próprio PT chegar a apoiar o tucano para presidência do Senado em um acordo com o PSB para tirar a hegemonia do PMDB, mesmo informalmente e nos bastidores, pode ser um tiro no pé, nessa avaliação.

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O PT vê com temor a hipótese de minar o maior partido no Senado – em 2011 serão 20 peemedebistas – e o segundo maior na Câmara, com 79 deputados. Na Câmara, setores do PT estão seduzidos com a ideia de se aproximar mais de outros partidos da base para garantir a presidência da Casa, caso o PMDB não aceite um petista no posto nos dois primeiros anos de mandato. Esse é um plano B aventado por petistas para pressionar o PMDB a um acordo.

O deputado José Genoino (PT-SP) reagiu para acalmar os afoitos. “Não se pode iniciar um governo tensionando a primeira bancada do Senado e a segunda da Câmara. Os desafios são muito grandes e, em política, a gente não sabe o dia de amanhã”, alerta Genoino.

Dirigentes do PSB defendem a eleição de Aécio para a presidência do Senado para minar o poder do PMDB. Depois de eleger seis governadores e aumentar suas bancadas na Câmara e no Senado, o PSB quer se apresentar como uma alternativa. A ideia de se aliar a Aécio, antes restrita a conversas de bastidores, ficou pública depois da defesa do governador do Ceará, Cid Gomes, na reunião da Executiva do PSB.

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Interlocutores de Aécio apostam que ele usará os dois primeiros anos de mandato para articulações e não deverá se apresentar como uma alternativa para a presidência da Casa. Nesse entendimento, o tucano deverá apoiar o PMDB para, até 2013, costurar uma aliança ampla que envolva os próprios peemedebistas em torno de sua candidatura para o comando do Senado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.