Morreu, na manhã de ontem, em sua casa, em Curitiba, vítima de uma parada cardíaca, o desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Paraná, Ariel Ferreira do Amaral. O corpo foi velado na Capela do TJ a partir das 15h. O enterro será hoje, às 10h no Cemitério Municipal.
Nascido em Curitiba, dia 16 de junho de 1911, o desembargador Ariel ocupou os cargos de vice-presidente (1975/76) e de presidente (1977-78) e foi professor de Direito Romano da PUC-PR por longos anos. Aposentou-se em março de 1979.
Deixa viúva a senhora Cecília Judith Prohmann Ferreira do Amaral, seis filhos e netos.
O desembargador Ariel Ferreira do Amaral foi uma das figuras mais exponenciais da Justiça paranaense. Em 1932, iniciou sua carreira judiciária como promotor em Araucária, realizando na época os estudos para a carreira de juiz de Direito. Depois como juiz, foi para Colombo em 1936, retornando em seguida como juiz municipal em Araucária. De 1940 a 1942 foi juiz em Clevelândia, e depois ficou durante 14 anos como juiz de Direito em Santo Antônio da Platina. Daí veio para a Capital em 1955, como presidente do Tribunal do Júri, ocupando, o cargo de juiz da Vara de Família por oito anos, para em seguida ocupar a Vara Substituição de Desembargadores, sendo nomeado desembargador em agosto de 1966. Em 1975 foi eleito 1.º vice-presidente do Tribunal de Justiça e presidente, em 1977.
Ao tomar posse como presidente do Tribunal de Justiça, em 1977, declarou que “a nossa meta será o rigoroso cumprimento do atual Código de Organização Judiciária, no que não contrarie os princípios da futura Reforma, uma vez que advirá a obrigatória adaptação. Para esse desiderato, confiamos na independência dos poderes – tônica da atualidade a uma nova ordem jurídica – como suporte da Democracia”.
“O juiz tem que ser corajoso para enfrentar todas as situações, com garantias constitucionais ou não. Ele tem que ser independente” foi outra afirmação do desembargador Ariel, quando, ainda presidente do TJ, em 1978, empossou novos juizes adjuntos.