O juiz federal Sérgio Moro esticou em mais 15 dias o prazo da Polícia Federal para concluir o inquérito que investiga o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine. O executivo está preso desde 27 de julho sob suspeita de ter recebido R$ 3 milhões em propinas da Odebrecht.
A decisão de Moro atende a um pedido da delegada da PF Renata da Silva Rodrigues. “Defiro o requerido e concedo prazo de mais 15 dias para conclusão do inquérito (até 25 de agosto de 2017). Alerto que não haverá nova prorrogação e é desejável que não seja utilizado todo o prazo”, determinou o juiz da Lava Jato.
Bendine foi capturado na Operação Cobra, 42.ª fase da Lava Jato. O ex-presidente da Petrobras está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
Ao pedir a extensão do prazo, a delegada Renata da Silva Rodrigues alegou que estão pendentes “os trabalhos periciais”. Segundo a delegada, “o farto material arrecadado em 27 de julho encontra-se sob processamento”.
“Desde então, material arrecadado continua sob processamento, sendo que até então foram produzidos os Laudos n° 1500/17, 1517/17 1520/17, sendo necessário, portanto, prorrogação de prazo para esgotamento dos trabalhos periciais”, registrou Renata da Silva Rodrigues.
“Encaminhe-se memorando ao exmo. DRCOR para que, caso possível, solicite ao SETEC/SR/PF/PR priorização nos trabalhos periciais referentes 42.ª fase ostensiva da Operação Lava Jato.”