O juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, decretou o bloqueio de valores do executivo Demarco Jorge Epifânio, da área Internacional da Petrobras, sob suspeita de ter recebido propinas na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), negócio que provocou prejuízo estimado em US$ 1 bilhão à estatal.

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A ordem judicial alcança ativos mantidos em contas e investimentos bancários de Epifânio, além de aplicações em ações, fundos de investimento, previdência privada. A medida foi tomada no âmbito da Operação Vício, 30ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira, 24.

A Polícia Federal não localizou o executivo. A suspeita dos investigadores é que ele estaria fora do País.

Delatores da Lava Jato, como o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, revelaram que o executivo teria recebido pelo menos US$ 200 mil em propinas por Pasadena, comprada em 2006 pela empresa brasileira.

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Os investigadores suspeitam que Epifânio teria recebido valores ilícitos também em outros polêmicos negócios da estatal petrolífera, a contratação dos navios sondas Vitória 10.000 e Petrobrás 10.000.

Agosthilde Mônaco, outro colaborador da Lava Jato, afirmou que o montante destinado ao executivo da Internacional teria sido retirado dos US$ 1,8 milhão recebidos por ele “a título de propina referente à aquisição da Refinaria Pasadena”.

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Epifânio também foi citado por Eduardo Musa, ex-gerente de Internacional da Petrobrás.

“Pelo teor dos depoimentos prestados pelos colaboradores Fernando Soares, Eduardo Musa e Agosthilde Mônaco, Demarco Epifânio teria participado do grupo que recebia vantagem indevida decorrente dos contratos de fornecimento dos navios-sonda e possivelmente da aquisição da Refinaria de Pasadena”, destacou o juiz Moro no despacho que autorizou realização de buscas na residência do executivo.

Fernando Baiano confirmou o nome de Epifânio como sendo um dos executivos da Área Internacional beneficiados pelo recebimento de propina nos contratos de fornecimento dos navios-sonda.