O juiz federal Sérgio Moro adiou o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Inicialmente marcado para 3 de maio, o depoimento foi remarcado a pedido da Secretaria de Segurança Pública do Paraná e da Polícia Federal para 10 de maio.

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As corporações alegaram necessidade de mais tempo “para providências de segurança” diante de manifestações populares que deverão ocorrer em Curitiba, onde fica o gabinete de Moro.

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Nesta ação, Ministério Público Federal sustenta que Lula recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio – de um valor de R$ 87 milhões de corrupção – da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012. As acusações contra Lula são relativas ao recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio do tríplex no Guarujá (SP), no Solaris, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, mantido pela Granero de 2011 a 2016.

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Moro ponderou nesta quarta-feira, 26, que “manifestações são permitidas desde que pacíficas”. Ao adiar o interrogatório do ex-presidente Lula, o magistrado advertiu que manifestantes violentos devem ser responsabilizados.

Há uma grande expectativa em torno do depoimento de Lula, réu em ação penal por suposto recebimento de propinas de R$ 3,7 milhões da empreiteira OAS.

“Havendo, o que não se espera, violência, deve ser controlada e apuradas as responsabilidades, inclusive de eventuais incitadores”, escreveu Moro.

“É possível que, na data do interrogatório, ocorram manifestações favoráveis ou contrárias ao acusado em questão, já que se trata de uma personalidade política, líder de partido e ex-Presidente da República”, anotou o magistrado.

“Manifestações são permitidas desde que pacíficas.”

Moro avisou, ainda, que vai permitir, “por questões de segurança”, somente “a presença do Ministério Público Federal, dos advogados do assistente de acusação, do acusado e de seus advogados e dos defensores dos demais acusados, sem exceções”.