O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou nesta sexta-feira, 4, que responde com “tranquilidade” questionamentos levantados por parlamentares sobre sua atuação no cargo. Na última terça-feira, 1º de novembro, a Mesa Diretora do Senado aprovou requerimento que solicita informações de Moraes sobre pronunciamento no qual ele teria antecipado ao público a realização, pela Polícia Federal, da 35ª fase da Operação Lava Jato, que prendeu o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Antônio Palocci. O pedido foi feito pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
“Obviamente, todas as inquirições, seja da Câmara, do Senado ou da população, respondo com maior tranquilidade”, disse o ministro, ao ser perguntado se vai dar esclarecimentos em resposta ao requerimento.
Moraes afirmou ainda que responde “trabalhando” a comentários sobre uma eventual saída do Ministério frente a declarações e atitudes no comando da pasta.
Pivô de um conflito entre o Ministério da Justiça e o Senado Federal, depois de ser chamado de “chefete de polícia” pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Moraes afirmou que há harmonia entre os três poderes, Ministério Público e sociedade civil quando o assunto é segurança pública. “Todos têm o mesmo foco: resolver a questão da segurança pública, uma das que mais preocupa a população brasileira”, disse.
Perguntado se o atrito entre Renan Calheiros e ele foi superado, em virtude de uma reunião conjunta promovida pelo presidente Michel Temer na semana passada, Moraes não comentou a relação com o senador. “Nosso plano em comum é exatamente a questão da segurança”, disse, ao fazer referência ao Congresso, governo federal, MP e sociedade civil.
O ministro disse ainda que expôs a Calheiros e ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a intenção de adotar “medidas legislativas” para a segurança pública e assuntos penitenciários.
Alexandre de Moraes participou nesta sexta-feira de um evento em comemoração aos 30 anos da Procuradoria-Geral do Município de São Paulo e de uma reunião fechada com o prefeito Fernando Haddad (PT).