Em seu discurso de saudação aos generais promovidos, o chefe do Estado Maior do Exército, general Paulo Humberto Cesar de Oliveira, afirmou nesta quinta-feira, 6, que os critérios de promoção na carreira militar são um exemplo que deveria ser seguido pelo setor público. Para ele, a “forma criteriosa” usada pelas Forças Armadas para promover seus militares, baseado na “meritocracia”, “competência”, “serve de modelo para a administração pública”.
“Num momento em que a sociedade brasileira exige de suas lideranças comportamento ético e comprometimento com os interesses comuns”, afirmou o chefe do Estado Maior do Exército. O presidente eleito Jair Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército, montou um Ministério com generais e outros oficiais das Forças Armadas, que estão em postos-chave do primeiro escalão.
Ao citar o processo de escolha dos novos generais pelo Alto Comando do Exército, Oliveira afirmou que é levado em conta os que tem “mente aberta e visão pragmática”.
“Que analise as situações com objetividade e sem preconceitos, e que tome decisões que preservem os interesses da Força, sem desconsiderar as complexidades dos cenários atuais”, disse.
A fala do general serve para justificar os critérios hoje adotados pelo presidente eleito na escolha de seu ministério. Além do seu vice-presidente, general Hamilton Mourão, entre os 21 ministros já escolhidos por Bolsonaro, seis deles ou são oficiais-generais quatro estrelas ou foram das Forças Armadas e tiveram formação militar.
Isso, sem contar o segundo escalão, que tem outros generais já estão designados.
O chefe do Estado Maior, se referindo, indiretamente, aos diversos e seguidos empregos das Forças Armadas em vários Estados e em diferentes situações, salientou que “a prontidão deixou de ser uma exceção e passou a ser uma normalidade”. Antes, destacou que os promovidos, “são generais de tempos de informações imediatas e de mudanças constantes, de tempos que os desafiam a estar permanentemente contextualizados e continuamente atualizados”. Para ele, o general de hoje também precisa ter “as relações institucionais incorporadas às suas rotinas e que busque laços harmoniosos e produtivos com as autoridades”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.