Após o encerramento do desfile de 7 de Setembro em Brasília, ministros do novo governo minimizaram as vaias contra o presidente Michel Temer. Para Eliseu Padilha (Casa Civil), não havia mais de 18 manifestantes gritando “Fora Temer” e “golpista” nas arquibancadas reservadas para convidados só do governo. Geddel Vieira (Secretaria de Governo) afirmou que houve mais aplausos do que vaias quando o presidente chegou ao desfile.

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O secretário Moreira Franco afirmou que o grupo de inteligência do Palácio do Planalto identificou que os protestos vieram de funcionários da EBC, descontentes com as mudanças na empresa. “Os protestos são normais. Continuamos trabalhando para pacificar o País”, disse.

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Temer chegou em carro fechado, acompanhado da esposa Marcela e quebrou uma antiga tradição: não passou revista às tropas. As vaias aconteceram durante a execução do Hino Nacional. Um grupo de pessoas tentou, sem sucesso, abafar as vaias e gritava “Brasil pra frente, Temer presidente” em apoio ao peemedebista. No encerramento, as vaias recomeçaram, mas foram abafadas pelo som da cerimônia.

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Manifestações

Manifestantes que estavam concentrados no Museu da República foram contidos por cordões de isolamento e pela cavalaria da PM quando tentavam se deslocar pela Esplanada dos Ministérios rumo ao Congresso. A PM informou que só liberaria a passagem após o término do desfile, a fim de evitar confrontos.

Antes dos desbloqueio, os organizadores do ato pediam, em carros de som, que os manifestantes tivessem calma e aguardassem a liberação. Havia por volta das 11h30 aproximadamente 5 mil pessoas no ato, de acordo com os organizadores.

Manifestantes pró-governo que deixavam o desfile trocaram insultos com os contrários na saída da Esplanada. A PM isolou os dois grupos.