Preocupados com os estragos que os cortes no orçamento dos ministérios e nas emendas parlamentares produzirão no Congresso, os ministros da Casa Civil, Antonio Palocci, e da Secretaria de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, ambos petistas, convenceram a presidente Dilma Rousseff e a área econômica de que seria “importante” manter o acréscimo acertado de R$ 100 milhões do Fundo Partidário.

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Os ministros explicaram a Dilma, numa reunião que se estendeu até a madrugada de quarta-feira, que a manutenção do aumento do fundo foi fruto de acordo com partidos da base e da oposição, que estavam enfrentando graves problemas de verbas por causa dos gastos com as eleições. Dilma estava sensível ao apelo, afinal, eram R$ 100 milhões que atenderiam a todos e reduziriam o impacto dos demais cortes.

O reforço de R$ 100 milhões foi aprovado a nove dias do fim do ano e funcionou como uma “Mega-Sena da Virada” para todos os partidos. Agora, os endividados poderão quitar suas contas com o dinheiro do contribuinte. E os que perderiam verba ficarão até mais ricos, apesar do desempenho eleitoral inferior em 2010.

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