O ministro da Saúde, Marcelo Castro, defendeu que a pasta que assumiu há 15 dias não seja alvo de cortes no Orçamento do próximo ano. Alertando sobre as dificuldades para o financiamento do setor, voltou a defender que parte dos recursos recolhidos com a eventual volta da CPMF seja destinada à Saúde. “Não nos interessa que se chame CPMF ou outro nome. O que nos interessa é a compreensão de que há um subfinanciamento na Saúde do Brasil e que precisamos de mais recursos. Essa é uma luta que o Ministério tem obrigação de empreender para melhorar o nível de saúde da população”, disse.
A proposta do governo é de que, uma vez aprovada uma nova contribuição, os recursos sejam destinados para a Previdência Social. Desde que foi indicado para o cargo, Castro reivindica, no entanto, que uma fatia desse valor seja usada para cobrir gastos de saúde tanto no Ministério quanto nos Estados e municípios.
Castro afirmou estar negociando com Congresso pela aprovação da CPMF, ao lado de governadores e prefeitos. Questionado sobre os recursos para sua pasta, afirmou: “Não estamos vivendo num momento apropriado para uma luta exitosa para se conseguir mais recursos, dada a dificuldade e os cortes que estão ocorrendo em todas as áreas. Se a gente conseguisse manter o Ministério sem cortes já seria ótimo.” O ministro disse ainda que, para este ano, embora as dificuldades sejam grandes, está tudo equacionado.