O ministro do Trabalho, Manoel Dias, e seu chefe de gabinete, Rodrigo Minotto, negaram acerto para que a ADRVale fizesse pagamento a um prestador de serviços do PDT. Em nota, os dois disseram que “não havia fontes de recursos” para John Siever Dias “porque o trabalho era de militante”. A nota oficial diz que o ex-presidente da Juventude do PDT em Santa Catarina ingressou com ação na Justiça do Trabalho pedindo vínculo empregatício com o partido. “Ambas as ações estão extintas e prescritas pelo fato de o reclamante não comparecer às audiências para provar o que alegava.”
Ao Estado, John Siever confirmou a ação trabalhista, mas explicou que o processo se refere à época em que ele morava na sede do PDT, e não aos serviços prestados à Universidade Leonel Brizola. “Eu limpava, abria e fechava a sede do partido entre 2009 e 2010. Achei que isso caracterizava vínculo. Mas depois me arrependi. Tanto que não fui a nenhuma audiência”, disse.
O Ministério do Trabalho não quis dar esclarecimentos sobre os convênios da ADRVale. O de maior valor (R$ 6,9 milhões) consta como “adimplente” no Portal da Transparência do Governo Federal, embora a Controladoria-Geral da União (CGU) tenha apontado irregularidades.
A advogada da ADRVale, Ana Helena Boos, disse que a entidade está inativa, uma vez que não recebeu todos os recursos que lhe eram devidos pelo Ministério do Trabalho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.