O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, disse hoje que seu partido, o PMDB, é responsável pela continuidade do projeto administrativo conduzido atualmente pelo prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT). A declaração, feita em entrevista coletiva antes de uma palestra para 500 correligionários, revela uma preferência pessoal, mas também aponta uma tendência interna do partido, de manter a aliança que está no poder há sete anos na capital gaúcha para mais um disputa eleitoral, em 2012.

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“Essa Porto Alegre do (José) Fogaça (eleito em 2004 pelo PPS, reeleito em 2008 pelo PMDB) é uma Porto Alegre que me entusiasma e me faz refém do seu projeto”, afirmou o ministro. Fogaça renunciou no início do ano passado para concorrer ao governo do Estado. Fortunati assumiu, é candidato declarado a mais um mandato.

A eleição de 2012 em Porto Alegre será diferente de todas as seis mais recentes. PMDB e PT, quase sempre protagonistas, podem se tornar coadjuvantes por falta de candidatos naturais e pelas alianças nacional e locais que construíram. Dirigentes e bases regionais dos dois partidos, rivais na política local, não admitem uma aliança que as cúpulas nacionais gostariam.

O PDT, que tem Fortunati, gostaria de liderar uma frente com apoio do PMDB, do PT e de outras siglas da base da presidente Dilma Rousseff. O PC do B, que tem a campeã de votos Manuela D’Ávila, já conta com o PSB e cobra do PT a devolução do apoio dado nas eleições estadual e federal de 2010. O governador Tarso Genro (PT) admite que o partido não tenha a cabeça de chapa. As bases do PT, no entanto, querem candidatura própria.

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