O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro César Asfor Rocha, disse hoje, em Maceió, durante discurso no plenário da Assembleia Legislativa, que a decretação da prisão do governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM) tinha que ocorrer.
“É lamentável que se chegue ao ponto de retirar um governador do cargo, mas se for para cumprir a lei e a Constituição Federal, o Judiciário corta até na própria carne, como já fez com a prisão de juízes e desembargadores”, afirmou.
“Atitudes como essa tem o caráter repressivo, mas antes de tudo preventivo, já que serve de exemplo para outros gestores públicos”, acrescentou o presidente do STJ.
O ministro foi homenageado hoje na Assembleia alagoana e aproveitou a cerimônia para agradecer ao senador Fernando Collor (PTB/AL) sua indicação ao STJ quando era presidente da República.
“Sinto-me orgulhoso de receber este título de cidadão e receber a medalha Floriano Peixoto. Tenho recebido muitas demonstrações de simpatia vindas de Alagoas. Agradeço ao presidente Collor a quem devo minha indicação ao STJ. Meu amigo, nunca vou esquecer que Vossa Excelência coroou a minha carreira”, afirmou.
Antes de ser homenageado, o ministro destacou o trabalho que vem sendo realizado pelo STJ no combate à corrupção. Ele evitou falar em processos, mas disse que não há mais espaço para impunidade no País.
A solenidade de entrega das comendas foi presidida pelo presidente da Assembleia, deputado Fernando Toledo (PSDB), e contou coma presença do governador do Estado, Teotônio Vilela Filho (PSDB), e dos três senadores do Estado – Fernando Collor, Renan Calheiros (PMDB) e João Tenório (PSDB).
Durante a solenidade, Asfor também elogiou o peemedebista. O ministro classificou o senador como “indomável e corajoso, que não enjeita desafios”. Asfor destacou ainda o orgulho de receber a honraria das mãos do governador tucano. Para ele, “um dos nomes com vocação ética”.
