O ministro da Educação, Milton Ribeiro, deixou o cargo à disposição do presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta segunda-feira (28), após a divulgação de novas acusações de suposto favorecimento na aplicação de recursos da pasta em troca de vantagens para pastores e igrejas. Ribeiro teria pedido primeiro uma licença, para se concentrar em sua defesa. Fontes ouvidas pela reportagem da Gazeta do Povo confirmam, no entanto, que a situação teria ficado “insustentável” e que Bolsonaro deve afastar Ribeiro do cargo.

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Nada está certo até agora. Bolsonaro chegou a dizer, na semana passada que “bota a cara no fogo” pelo ministro. Interlocutores afirmam, no entanto, que o risco para a campanha de Bolsonaro para a reeleição teria ficado “muito alto” e o presidente recalculou o apoio.

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Desde a semana passada, uma série de denúncias têm sido feitas contra o ministro relacionadas a atuação de dois pastores, Gilmar Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, e seu assessor, Arilton Moura. Os dois pastores teriam atuado informalmente no gabinete do ministro para facilitar a distribuição de recursos em troca de propina.

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O pastor Gilmar Santos é conhecido de Bolsonaro desde a campanha de 2018. A proximidade com o religioso teria aumentado após ele ter feito orações de cura pela recuperação de Bolsonaro, em seguida ao atentado em que o então candidato à Presdiência foi ferido com uma facada, em Minas Gerais. Nesse período, Gilmar conquistou a confiança do presidente e, por isso, desde janeiro de 2019, o pastor passou a frequentar o MEC, tendo participado de encontros no gabinete de outros ministros.

Milton Ribeiro negou todas as acusações contra ele. Em nota de esclarecimento, em 22 de março, não comentou conteúdo de áudio em que teria dito sobre a necessidade de “atender primeiro os amigos do pastor Gilmar”, mas insistiu que “a alocação de recursos federais ocorre seguindo a legislação orçamentária”. Ele garantiu ainda que Bolsonaro não teria pedido atendimento preferencial a seus amigos pastores. Depois, em entrevistas para a CNN e Jovem Pan, Ribeiro disse ter recebido informações de condutas reprováveis desse pastores e aberto investigações na Controladoria Geral da União.

Nesta segunda-feira (28), após divulgação de que em um evento do MEC teriam sido distribuídas Bíblias com fotos do próprio ministro e de pastores, Milton reconheceu, em seu perfil no Twitter, a existência das Bíblias. Ele explicou ter autorizado o uso da sua imagem “para a produção de algumas bíblias para distribuição gratuita em um evento de cunho religioso”. E que, após descobrir a utilização indevida, teria proibido a continuidade da impressão.

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