Ministro da Agricultura encerra polêmica com Requião

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, recebeu um aviso da Advocacia Geral da União (AGU) com as explicações do governador do Paraná, Roberto Requião, sobre o conteúdo das declarações feitas por ele em entrevista ao jornalista Hector Hurgo, do diário argentino Clarín, em 13 de março deste ano. Na entrevista, Requião havia acusado o ministro de ser “representante das multinacionais” e de ser “pago pela Monsanto”.

Em ofício assinado por seu procurador, Daniel Godoy Júnior, o governador “nega veementemente” a concessão de qualquer entrevista ao jornal argentino. Diz o texto do esclarecimento: “Relativamente ao tema transgênico, especialmente no que se refere à menção ao ministro Roberto Rodrigues, não são verdadeiras as palavras hipoteticamente atribuídas ao requerente (Requião) por aquele jornalista (Huergo)”.

“Diálogo informal”

O procurador esclarece que Requião manteve apenas um “diálogo informal” com Huergo. Segundo ele, o governador “não proferiu ou teceu qualquer referência, alusão, ou frase da qual se poderia concluir a existência, em tese, de crimes contra a honra”.

No pedido encaminhado ao ministro-chefe da AGU, Álvaro Augusto Ribeiro Costa, em 17 de março, o ministro justificou o pedido de explicação em função dos danos materiais e morais contidos nas declarações do governador Requião ao jornal argentino. Satisfeito com os esclarecimentos prestados pelo governador, o ministro Roberto Rodrigues considera o caso encerrado.

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