Ministra do STF nega análise de ação sobre substituição de ausente no impeachment

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber decidiu, nesta quarta-feira, 13, não analisar o mandado de segurança ajuizado nesta quarta-feira, 12, pelo líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ) sobre o procedimento adotado pela Comissão Especial do Impeachment para substituir membros ausentes durante a votação do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) sobre a presidente Dilma Rousseff.

O deputado pedia para que o Supremo impedisse que os parlamentares ausentes fossem substituídos por membros escolhidos pelo bloco partidário, como ocorreu na sessão da última sexta-feira, 8. Para Picciani, a substituição deveria ser feita por um suplente do mesmo partido ausente, e que a escolha deveria ser feita pelo líder partidário.

A ministra Rosa Weber destacou que a Suprema Corte já reconheceu e valorizou a existência dos blocos partidários quando definiu o rito do impeachment, no ano passado. Antes da publicação do despacho, no entanto, o próprio Picciani já havia desistido da ação, sem apresentar uma justificativa.

Substituições

A Comissão do Impeachment aprovou, com 38 votos favoráveis e 27 contrários, o relatório do deputado Jovair pela admissibilidade do processo de impeachment de Dilma. Durante a votação, o deputado Washington Reis (PMDB-RJ), que se dizia indeciso, mas era considerado voto certo contra o afastamento da presidente Dilma Rousseff, ficou doente e não foi à sessão. No lugar de Reis, votou o oposicionista Laudívio Carvalho (SD-MG).

Outro caso de substituição ocorreu com o deputado Bebeto Galvão (BA) que, para não contrariar a orientação de seu partido, o PSB, em favor do impeachment, cedeu lugar ao tucano Bruno Araújo (PE) que, embora não seja do mesmo partido, faz parte do mesmo bloco partidário.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna