Ministra do meio ambiente nega nova alteração de limites

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reagiu hoje à reportagem “Dilma muda limite de unidade de conservação para abrigar hidrelétricas”, publicada pelo jornal O Estado de São Paulo. Ela afirmou que a alteração dos limites de um dos parques nacionais citados “já estava prevista” quando a área pertencia ao governo do Estado de Rondônia. “O parque estadual veio para a parte federal e ainda há ganhos com outras áreas que foram incorporadas e que vocês não discutem. Vejam qual é o projeto antes de fazer uma crítica”, declarou Izabella, em uma rápida entrevista enquanto caminhava para participar de uma reunião da Iniciativa Conjunta Brasil-EUA para Sustentabilidade Urbana, no Palácio do Itamaraty, no centro do Rio de Janeiro.

“Nós ampliamos a área de proteção e estamos desafetando, segundo fui informada, menos de 1% do parque, o que já estava previsto e o governo estadual de Rondônia não fez. São duas desafetações no parque da Amazônia e outra no parque estadual que virou federal, o de Mapinguari.”

A ministra disse que a alteração dos limites, no caso de Mapinguari, é resultado de um “acordo com o governo de Rondônia”. “Então, o governo federal está fazendo. Qual é a dificuldade de poder desafetar uma área se a desafetação já estava prevista quando era uma área estadual?”, declarou. “O outro parque é uma questão de regularização em relação a assentamentos anteriores à criação da unidade, que tem conflitos, e o próprio Instituto Chico Mendes pediu a (nova) delimitação.”

Izabella disse desconhecer autorização para exploração mineral no entorno dos parques. “Não tem mineração, até onde eu sei.” A ministra reuniu-se com a responsável pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês), Lisa Jackson. “A iniciativa traz soluções e experiências americanas, mas eles também estão interessados nas soluções e experiências brasileiras”, disse a ministra. “O desafio é podermos, juntos, pensar com o setor privado e com a sociedade uma nova agenda de sustentabilidade urbana a partir de problemas críticos que foram identificados, como as questões do lixo e da qualidade do ar.”

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