Ministério Público vai investigar Bolsa-Família

O ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, disse ontem em Curitiba que está conversando com o Ministério Público Federal e as Procuradorias Gerais de Justiça nos Estados, para que os promotores passem a participar do controle da execução do programa Bolsa-Família.

O ministro disse que esta é uma das providências que estão sendo adotadas pelo governo para reduzir a ocorrência de fraudes no programa. “Estamos pedindo à sociedade civil que ajude a fiscalizar o programa também, que cobrem os prefeitos, porque um programa com essa magnitude é natural que apresente alguns problemas. Nunca houve uma política social no País com tão grande alcance como essa”, afirmou o ministro.

Ananias veio a Curitiba manifestar apoio ao candidato a prefeito, deputado estadual Angelo Vanhoni (PT). Os dois iriam fazer uma caminhada pela Rua XV e Boca Maldita, mas a atividade foi cancelada por problemas de agenda. Depois de Curitiba, o ministro iria ainda participar das campanhas petistas em Londrina e Maringá. O ministro gravou depoimento para exibição no horário eleitoral gratuito.

Para o ministro, a eleição municipal é estratégica para a execução das políticas sociais do governo federal. “Os municípios são nossos parceiros. As nossas políticas sociais, ainda que realizadas com recursos do governo federal, são executadas na ponta pelas prefeituras. Quanto mais prefeitos tivermos identificados com as nossas prioridades éticas e sociais, mais poderemos ampliar nossas parcerias. Mais poderemos fazer quanto maior for o número de prefeitos que tenham compromissos com as nossas prioridades”, disse o ministro, ao lado do coordenador de campanha de Vanhoni, deputado Florisvaldo Rosinha Fier (PT), e do secretário estadual Mauricio Requião. Patrus observou que veio a Curitiba como militante petista.

Repasse

O ministro afirmou que o governo federal já repassou a Curitiba uma média de R$ 62,3 milhões anuais em programas de transferência de renda e na área de assistência social. No total, cerca de 350 mil famílias foram atendidas na cidade, citou. Na avaliação do ministro, são dados que demonstram não haver discriminação do governo federal em relação a prefeituras adversárias e sobretudo mostram que o PT tem resultados a mostrar para a população, desmontando a estratégia dos adversários de “federalizar” as eleições.

“Temos muito a apresentar. Temos conquistas notáveis no campo social. Em Curitiba, temos a presença visível do governo federal. Então, se é para discutir o governo Lula, estamos muito tranqüilos porque o saldo é positivo. E se é para discutir, vamos então também discutir a responsabilidade do município no desenvolvimento das políticas sociais e o papel dos prefeitos”, afirmou.

CEF entrega cartões

Dezesseis agências da Caixa Econômica Federal (CEF) abriram ontem, das 9h às 13h, em todo Paraná, para a entrega de cartões magnéticos do Programa Bolsa-Família. Em Piraquara, cidade citada como local onde há irregularidade na distribuição dos benefícios, numa matéria do programa Fantástico, na última semana, as filas em frente à agência eram grandes desde o início da manhã. A exposição da cidade na mídia nacional, fez com que muitas pessoas procurassem saber se tinham direito a participar do programa. Na capital, 300 pessoas foram atendidas na agência da Praça Carlos Gomes. Em Londrina, 150 pessoas foram atendidas com o cadastro, mas nem todas receberam os cartões. Quem tem direito ao benefício deve primeiro se cadastrar junto às prefeituras, para posteriormente ir até a CEF pegar o cartão.

Em Maringá, o vice-presidente de Transferências e Benefícios da CEF, Carlos Borges, disse que os problemas vêm sendo causados pelos cadastros feitos pelas prefeituras e que a CEF já articulava com a Casa Civil para evitar que o Bolsa-Família seja usado com fins eleitorais. No Brasil 300 agências abriram ontem, para entregar cerca de 500 mil cartões.

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