Apesar dos pontos controversos incluídos no texto-base da 2ª Conferência Nacional da Cultura, representantes do Ministério da Cultura dizem não haver nenhuma proposta que possa gerar polêmica. Segundo a secretária de Articulação Institucional, Silvana Lumachi Meireles, os itens foram referendados nas conferências regionais e não há motivo para grande reação.
“Não há nenhum ponto polêmico, porque as propostas passaram pela análise em 2.992 municípios de todos os Estados que fizeram suas conferências”, afirmou. “Nesse universo representativo, esses temas não geraram polêmica.”
Ela negou que as sugestões referentes aos meios de comunicação, incluindo as propostas de produção regional de conteúdo e controle social, configurem tentativa de interferência na mídia. “Estamos falando de direito à informação e não de controle da liberdade.” E afirmou que propor a discussão de assuntos referentes a outros setores do governo, como a regulação da produção de conteúdo dos meios de comunicação, não configura interferência em outros ministérios. “O Ministério da Cultura cumpre sua parte em atendimento à reivindicação da sociedade civil. Desde sempre há áreas do Ministério da Cultura que têm tentado atuar em parceria com os Ministérios da Educação e do Meio Ambiente”, argumentou. “Não dá para dissociar cultura de meio ambiente e educação.”