O governador Roberto Requião(PMDB) foi lembrado durante a parada gay do Rio de Janeiro, domingo. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc e até o governador do RJ, colega de PMDB de Requião, Sérgio Cabral, condenaram o comentário de mau gosto do governador paranaense, que atribuiu às passeatas gays o aumento da incidência de câncer de mama em homens.
Minc disse que o que causa câncer é o preconceito: “Preconceito dá câncer. Faz mal para a saúde e pode matar”. Já Cabral declarou que “não há nada mais nojento do que o preconceito. Lamento que haja político atrasado dessa maneira”.
Histórico
O ministro Minc, que participou da parada acompanhado de sua esposa, já havia trocado insultos com o outro governador peemedebista, André Puccinelli (Mato Grosso do Sul), que chamou Minc de “viado fumador de maconha”.
Além de chamar o ministro de “viado”, Puccinelli também afirmou que, se Minc participasse da Meia Maratona Internacional do Pantanal, marcada para dia 11 de outubro, ele “o alcançaria e o estupraria em praça pública”.
Punhal
Já o coordenador de Direitos Individuais e Difusos do governo do Rio, Claudio Nascimento, disse que são atitudes e comentários como esses que incentivam a violência contra homossexuais.
Fundador da Parada do Orgulho Gay do Rio, que neste ano completou 14 anos, Nascimento lembrou a afirmação de Requião. “Posturas como a dos governadores Requião e Puccinelli não só ajudam a firmar a intolerância, como são a mão que empurra o punhal no coração dos homossexuais”.