Na abertura da Parada Gay do Rio, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, criticou os governadores do Paraná, Roberto Requião, e do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, por declarações contra homossexuais. “Quero mandar um recado para o governador do Paraná. Senhor governador, preconceito é que dá câncer. Faz mal à saúde e pode matar”, disse Minc.

continua após a publicidade

O ministro acrescentou: “Outro governador ficou chateado comigo porque eu queria defender o Pantanal e disse que ia me violentar. É uma cabeça troglodita de quem pensa como se estivesse na época da Inquisição.”

Na semana passada, Requião relacionou o aumento do câncer de mama em homens à presença deles em paradas gays. No fim de setembro, Puccinelli disse que tinha vontade de estuprar Minc e chamou o ministro de “veado” e “maconheiro”. Segundo os organizadores, a Parada Gay do Rio reúne 1,5 milhão de pessoas na Praia de Copacabana, apesar da chuva.

O governador Sérgio Cabral, acompanhado da mulher, Adriana Ancelmo, abriu a parada dizendo que não se pode mais tolerar preconceitos contra os homossexuais. “Homem público tem de ter coragem de tomar posição, defender os direitos civis e mostrar que o Brasil é civilizado”, disse o governador. O prefeito Eduardo Paes não participou da abertura da Parada Gay, mas esteve mais cedo no hotel onde estavam concentrados os organizadores.

continua após a publicidade

Paes anunciou cinco medidas favoráveis ao movimento gay, entre as quais a criação de uma coordenadoria LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), subordinada ao gabinete do prefeito, e o apoio da prefeitura ao congresso mundial LGBT que será realizado em outubro do ano que vem, no Rio.