O major uruguaio Juan Manuel Cordero Piacentini se recusou ontem, em Buenos Aires, a responder ao inquérito do juiz federal Norberto Oyarbide. Cordero foi extraditado pelo Brasil no sábado para a Argentina, onde a Justiça o considera responsável pela tortura de 32 civis (27 uruguaios e cinco argentinos), o assassinato de dez pessoas – entre os quais dois parlamentares uruguaios – e o sequestro de um bebê durante a última ditadura militar argentina (1976-83).
O major, de 71 anos, é acusado de ser um dos principais personagens da Operação Condor – o plano de coordenação entre as ditaduras do Cone Sul nos anos 70 e 80 para a troca de informações e prisioneiros políticos. Como tem problemas cardíacos, ele ficará temporariamente no Hospital Militar. O julgamento público é esperado para este ano.