Embora o PT ainda não tenha definido se a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados será uma das prioridades do partido neste ano legislativo, militantes já lançaram a deputada Erika Kokay (PT-DF) como candidata à presidência do grupo permanente de trabalho. Um evento criado no Facebook já reuniu mais de 2.400 apoiadores da proposta, que pedem pressão sobre o líder do PT, Vicentinho (SP).
O PT adiou para o final da tarde desta terça-feira, 18, a reunião da bancada onde serão definidas as escolhas do partido. A prioridade dos petistas é a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, mas grupos ligados aos Direitos Humanos exigem que a sigla retome o controle sobre a comissão que foi presidida pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP) em 2013.
“Ano passado fomos pegos de surpresa pela eleição de Feliciano como presidente da CDHM. Esse ano não podemos ficar à mercê da sorte, temos que agir antes! Vamos ser proativos e não reativos!”, diz o texto de apoio à Erika na rede social. Os ativistas pedem também que os simpatizantes do movimento liguem para o gabinete de Vicentinho sugerindo o nome de Erika Kokay como presidente da comissão.
Os petistas têm direito a reivindicar a presidência de três comissões, mas sofrem pressão, além de grupos ligados aos Direitos Humanos, do Executivo. O governo pediu para que o partido assumisse também o controle da comissão ligada à área de Saúde. “Se a gente não pegar (Direitos Humanos), a desgraça vai ser grande”, disse a deputada Erika Kokay a um grupo de representantes do Conselho Nacional LGBT que foi à Câmara nesta manhã acompanhar a reunião da bancada do PT. “Se não pegarmos, vai ser muito ruim para nós”, concordou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).