Os militantes do PPS Alexandre de Souza Azambuja, Jorge Damasceno da Silva, Mário Luiz de Mello, Maiko Alexandre Vieira e Charlston Franco Keller ingressaram com denúncia reclamatória contra o secretário-geral da Comissão Executiva do partido no Paraná, Rubico Camargo. Eles acusam Camargo de ter faltado com a ética partidária no episódio das nomeações de integrantes da legenda para o governo Roberto Requião (PMDB).
Na denúncia, os militantes do PPS afirmam que Camargo indicou os representantes do partido no governo seguindo critérios pessoais – e não partidários. “A conduta do Sr. Secretário-Geral do PPS-PR no episódio das nomeações mostrou-se desarmoniosa, restritiva, incompetente e imperfeita sob todos os ângulos e por isso é passível das críticas que ora denunciamos”, afirmam. Eles lembram que o partido decidiu apoiar a candidatura do governador, na campanha eleitoral do ano passado, mas que este compromisso estaria condicionado a contrapartidas a serem negociadas pela comissão executiva com o candidato e sua coordenação de campanha.
Segundo os dirigentes do PPS, o representante do partido nas negociações foi Rubico Camargo. Mas eles afirmam que os cargos não estariam sendo concedidos na proporção desejada pelo partido. “Depois do Seminário do PPS, começaram as negociações para a ocupação pepessista.
Primeiramente, foi preparada uma pequena lista contendo apenas doze nomes de correligionários. Posteriormente, este número evoluiu para cerca de quarenta pessoas, já se comentando que poderia ter sido mais uma vez ampliada. Depois de várias semanas, Caron foi nomeado secretário de Estado de Obras Públicas, e de lá para cá, em conta-gotas, vão acontecendo aqui e acolá, umas parcas nomeações de primeiro e segundo escalão” criticam os insatisfeitos.
Outro lado
O presidente do Diretório Regional do PPS, Rubens Bueno, criticou os militantes do PPS. “O PPS é um partido político, não é agência de emprego. O governo estadual é de outro partido. Coube ao partido do governo estabelecer os critérios para definir sua equipe de trabalho. Não pedimos cargos nem fizemos qualquer tipo de pressão para participar do governo. Nosso apoio foi programático desde o início”, afirmou.
Segundo Bueno, Rubico Camargo tem a confiança e o apoio não apenas da executiva estadual, mas de todo o partido. “Rubico é um companheiro que ajudou a construir o PPS que aí está, com bancadas na Assembléia Legislativa e na Câmara dos Deputados, estruturado em mais de 250 municípios do Estado. Não teria nem cabimento ser julgado por uma reclamação de fundo essencialmente fisiológico”, disse o presidente estadual do PPS.