A militância do PSB e dos partidos coligados – PPS, PPL, PHS, PRP e PSL, além do projeto de partido Rede Sustentabilidade – correm para organizar atividades de rua, no que estão chamando de “Virada 40”. O nome seria uma forma de reforçar o número da candidata à Presidência, Marina Silva, que ainda é pouco conhecido entre o eleitorado.
“Vai ser um dia nacional, envolvendo movimentos de mulheres, sindical, LGBT, juventude, todo mundo. Vamos ter ‘bandeiraço’, ‘panfletaço’ e ‘adesivaço'”, explicou Regina Flores, secretária estadual de mulheres do PSB-RJ. Segundo Regina, uma das principais atividades em preparação no Rio é um encontro em frente à igreja da Candelária, na região central da capital fluminense. A ideia é mobilizar candidatos locais e, principalmente, reforçar as candidaturas de Marina e de Romário, ao Senado no Rio. Regina relata ainda que, pela secretaria de Mulheres do PSB, já teve confirmação de atividades em 15 Estados.
Carlos Fernandes, da executiva nacional do PPS e representante da legenda na coordenação de campanha de Marina, afirma que as mobilizações espalhadas serão uma forma de distribuir material nessa reta final de campanha antes do primeiro turno, além de explorar a “simpatia” da imagem de Marina. Em São Paulo, conta Carlos, estão previstas uma carreata na zona leste e caminhada no centro. “Temos a candidata mais simpática, com mais apelo popular. Nós não trabalhamos com gente contratada, contamos só com o apoio da população”, afirmou o político do PPS.
Alexandre Zeitune, porta-voz da Rede em São Paulo, ressalta que as agendas estão espalhadas e que há poucos braços, mas que a campanha espera contar com os “movimentos autorais”. “Mesmo com nossa infraestrutura mais frágil, estamos felizes porque conseguimos nos colocar no meio dos leões e vamos chegar ao segundo turno”, disse Zeitune. Ele relatou que militantes da Rede preparam atividades como o “varal de sonhos”, em que pessoas escrevem seus sonhos para o País e penduram em um varal, além de uma provável caminhada na Praça Benedito Calixto, conhecida pela Feira de Artes, ponto de referência cultural na capital paulista. A militância pretende coordenar também com mobilização online, com “twitaços”, aproveitando que as pessoas envolvidas com a Rede são jovens e conectadas.
As atividades ainda dependem de confirmação. Segundo Fernandes, o coordenador da campanha Walter Feldman enviou um e-mail geral ontem convocando a militância a se compor nesses últimos dias. Carlos afirma que a agenda da candidata presidencial ainda está sendo fechada, mas que Marina pode não participar das agendas de rua em São Paulo. “Talvez no Rio, mas acho que ela vai se poupar após o debate (da TV Globo). Acredito que ela chame para uma coletiva, mas deve descansar.”
A militância esclarece que o nome “virada” não seria referência a ultrapassar outro candidato, já que Marina, apesar de ter caído nas últimas pesquisas, ainda é tratada como favorita para disputar o segundo turno com a petista Dilma Rousseff. “É mais no sentido de atividades na sequência, como a Virada Cultural ou a Virada Esportiva aqui em São Paulo”, explicou Zeitune.