O debate realizado há pouco pelo Grupo Diários Associados, transmitido pela TV Alterosa/SBT, pelo Portal Uai e pela Rádio Guarani com os principais candidatos ao governo do Estado, teve a ausência de Fernando Pimentel (PT), que alegou problemas de saúde, mas não sobrou críticas ao petista feito pelo tucano Pimenta da Veiga. No primeiro bloco, onde os participantes se apresentaram ao público, Pimenta repetiu a fala do vídeo publicado em sua página no Facebook um pouco antes de começar a transmissão. “Ele prega o diálogo, mas no entanto quando tem a oportunidade de se confrontar as ideias conosco, ele, pela segunda vez, foge do debate. (…). Gostaria que ele estivesse aqui. Ele está fugindo do debate, mas uma hora terá que aparecer”, declarou.

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Mas foi no quarto bloco, onde os candidatos poderiam fazer perguntas uns aos outros, que Pimenta fez a sua principal crítica a Pimentel, que, segundo sua assessoria de imprensa, ainda está debilitado por conta de uma faringite. “Quero fazer a minha pergunta ao Pimentel. Ele está ultrapassando todos os limites da desconsideração com o eleitor. Ele será candidato mesmo tendo cinco processos judiciais por improbidade administrativa e corrupção? Um candidato com cinco processos graves, de desvios e lavagem de dinheiro ainda se apresenta como candidato. E nos últimos dias ele foi condenado, que pode levar a uma condenação de 17 anos. Isso não é correto. O PT está sonegando os fatos. Isso não faz jus às tradições mineiras”, disparou Pimenta.

E em suas considerações finais, Pimenta também menção ao petista. “Gostaria de deixar uma reflexão. Com todo o respeito aos outros candidatos, essa eleição está polarizada entre PT e PSDB. Eleitor, você quer seguir o modelo do PT de governar, que trouxe recessão, inflação alta, desemprego está batendo na porta e agora o caso Petrobras, que está virando ‘Petrolão’ (em referência ao mensalão), coisa tenebrosa?”, declarou. Ele ainda comentou que Pimentel “deixou a ética de lado, abandonou a verdade e está usando como arma a mentira.” “Quer seguir com PT para entregar a Cemig, a Copa, a quem destruiu a Petrobras? Ou votará em nós, que temos grande projeto de transformação para Minas e queremos continuar avançando?”, falou.

Mineração, hospitais, segurança

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O debate, no geral, não teve grandes enfrentamentos. Mas Tarcísio Delgado (PSB) e Fidélis Alcantara (PSOL) rebateram Pimenta da Veiga em alguns temas, como segurança, saúde e educação. “Pimenta diz que tem investimento para a segurança, mas Minas tem o mais alto índice de criminalidade, nos últimos cinco anos. As publicações estão aí, estou apenas repetindo o que a imprensa fala. E essa falta de segurança fez o Estado perder competitividade. As empresas fogem de Minas ou não vem para cá, porque o Estado está muito violento”, disse.

Já Fidelis rebateu as informações do tucano sobre os hospitais regionais. “Só o hospital de Uberlândia está pronto. O de Ibirité não está pronto. (…). O resto dos hospitais que você citou está em construção. Aécio Neves (PSDB) prometeu esses hospitais em 2006. Estamos em 2014. Parece piada, é falta de respeito com a população”, disse. “Querem criticar o governo do Estado, é normal. Mas esse plano dos hospitais não é para fazer em uma semana, leva alguns anos, mas o importante é que está sendo feito”, respondeu Pimenta.

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Em outro momento, Fidélis criticou Pimenta sobre ele falar, no outro debate, que o Sind-UTE era diretório do PT. “Como ele fará diálogo com os professores que ele fala isso?”, questionou. “Vou conversar com os professores sim. Ninguém tem o monopólio da voz dos professores. Vamos melhorar currículos com a escola integral”, rebateu o tucano.

Os candidatos também discutiram também o assunto mineração. Tarcísio e Fidélis criticaram a porcentagem pequena de royalties para o Estado com a exploração, além da falta de controle na atividade e de políticas voltadas ao setor. Ambos disseram que Minas Gerais precisa ter mais benefícios com a exploração do minério. ” É uma utilização predatória do nosso subsolo”, enfatizou Tarcísio. “O assunto não entrará na pauta do PT e do PSDB, porque eles recebem dinheiro das mineradoras. O jogo de interesses desses dois partidos continuará lesando os interesses do nosso Estado”, disse Fidélis.